BATALHÃO MARIA DA PENHA – Goianésia, Niquelândia e Porangatu lideram ranking de medidas protetivas de urgência contra violência doméstica na região, segundo a PM
Números também chamam a atenção para a gravidade dos crimes. Neste ano, já foram registrados dois feminicídios em Niquelândia e um em Amaralina, evidenciando a necessidade de fortalecimento das ações policiais e sociais de enfrentamento à violência contra a mulher

Criado para reforçar a prevenção e o combate à violência doméstica em Goiás, o Batalhão Maria da Penha tem ampliado sua atuação no interior do Estado.
Além da unidade já existente em Goiânia (1º Batalhão), novos batalhões foram implantados recentemente na histórica Cidade de Goiás (2° Batalhão), em Rio Verde (3º Batalhão) e em Águas Lindas de Goiás (4º Batalhão)
As unidades estão, respectivamente, sob o comando das majores Patrícia Botelho Adorno, Dayse Pereira Vaz Veiga e Karina Nunes dos Santos.
No tocante ao 2º Batalhão Maria da Penha, este foi dividido em companhias destacadas para atender mais de 100 municípios que estão sob sua responsabilidade, de forma descentralizada.
Nas regiões Norte do Estado e do Vale do São Patrício, o trabalho é coordenado pela 3ª Companhia Destacada do 2º BPM Maria da Penha, cuja missão é conduzida em 27 cidades pelo tenente Flávio Taveira Guimarães.
No ranking das Medidas Protetivas de Urgência (MPUs) concedidas pela Justiça e acompanhadas pela PM, Goianésia ocupa o 1° lugar, com 247 medidas protetivas ativas; seguida por Porangatu, com 162; e por Niquelândia, com 137. Logo depois aparecem Jaraguá (81) e Uruaçu (73).
Além das medidas preventivas, os números também chamam a atenção para a gravidade dos crimes: neste ano, já foram registrados dois feminicídios em Niquelândia e um em Amaralina, evidenciando a necessidade de fortalecimento das ações policiais e sociais de enfrentamento à violência contra a mulher.
“Com a interiorização do Batalhão Maria da Penha, a expectativa é de que as ações de patrulhamento, acompanhamento das medidas protetivas e orientação às vítimas sejam cada vez mais efetivas, garantindo maior segurança e proteção às mulheres em todas as regiões do Estado de Goiás”, afirmou o tenente Taveira, que já foi comandante da PM em Niquelândia.
Goiás mais seguro para Elas – De acordo com o Atlas da Violência 2025, Goiás apresentou a maior redução do país na taxa de homicídios de mulheres na última década — queda de 60,7% no período de 11 anos, passando de 8,4 por 100 mil habitantes em 2013 para 3,3 em 2023.
Além da estrutura policial especializada, o Governo de Goiás mantém programas de apoio como o Goiás por Elas, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), que oferece auxílio financeiro, qualificação profissional e acesso prioritário a políticas públicas voltadas às mulheres. [Com informações da 3ª Companhia Destacada do 2º BPM Maria da Penha]