Andréia Diniz confirma pré-candidatura a vereadora nas eleições deste ano em Niquelândia
Desejo de Andréia é fomentar, na Câmara Municipal, projetos de assistência às mulheres, crianças e idosos com histórico de violência doméstica em todos os graus de parentesco, a partir das vivências que teve no atendimento a esse público em duas décadas como escrivã na cidade do Norte do Estado
Uma das mais experientes policiais civis de Niquelândia, Andréia Ribeiro Diniz (PL) anunciou recentemente sua pré-candidatura à uma vaga de vereadora na Câmara Municipal da cidade do Norte do Estado, às eleições de outubro deste ano. Ela conversou nesta semana com o Portal Excelência Notícias sobre sua carreira, sua família e suas pretensões para o cargo no Poder Legislativo.
Servidora pública estadual concursada, com quase 20 anos de carreira como escrivã da Polícia Civil, Andreia Diniz notabilizou-se em Niquelândia por sua especial atenção aos casos de violência doméstica contra a mulher, sobretudo depois da implantação da Lei Maria da Penha.
Casada com o agropecuarista Flávio Lúcio Ribeiro de Sá e mãe de Maria Eduarda Ribeiro de Oliveira, de 17 anos, estudante de Medicina – Andreia Diniz é filha do casal Ademar Ribeiro Sobrinho e Delci Olívia Diniz Ribeiro.
Bastante conhecidos na cidade, ambos empreenderam durante 40 anos no segmento de farmácias em Niquelândia e, mais recentemente, no ramo do agronegócio.
A entrada na vida pública era algo pensado por Andréia há algum tempo, mas saiu do papel graças ao respaldo de sua família.“Confesso que não deveria ser esse ano, mas ponderei algumas coisas e decidi ir adiante [com a pretensão política]. Eu não podia ir [ser pré-candidata] sozinha. Por isso, meu marido, meu pai, minha mãe, minha filha, meu irmão, minha irmã, meu cunhado, minha cunhada, meus sobrinhos, minhas sobrinhas, tios e primos – que são minha base – estão me dando total apoio”, afirmou.
Apesar da difícil rotina de uma delegacia, Andréia decidiu experimentar um voo inédito na política local para expandir sua preocupação com as camadas mais vulneráveis da população do município para além das páginas dos inquéritos policiais em que atua formalmente.
“Eu sempre gostei de atender mulheres, crianças e idosos, muito antes da Delegacia da Mulher ser implantada aqui em Niquelândia. Apesar de ser uma delegacia especializada, voltada para esse público, não podemos falar que essa unidade é uma ‘delegacia social’, porque é um local para atender criminosos que precisam ser punidos”, comentou a pré-candidata a vereadora.
Porém, nesses atendimentos – permeados na maioria das vezes por relatos dramáticos – Andréia conta que sempre conseguiu visualizar situações e soluções que podem ser implantadas para atenuar esses problemas em qualquer lugar, inclusive no próprio município onde atua como policial.
“Eu não tenho uma empresa, eu não tenho uma loja, nem mesmo um lugar onde eu possa atender as pessoas fora da delegacia. Então, penso que, com a minha entrada para a política, poderei externar o que eu aprendi, o que eu sei e o que eu posso fazer [para quem necessita de um amparo pós-delegacia] para utilizar esses meus conhecimentos em prol dessas pessoas vulneráveis, de forma mais ampla”, afirmou Andreia Diniz.
A pré-candidata a vereadora em Niquelândia, no presente momento, está cursando, na Universidade Federal de Goiás (UFG), uma Especialização em “Enfrentamento à Violência contra Mulheres e Meninas”, buscando aperfeiçoar-se ainda mais no assunto.
Portanto, Andréia está em contato direto não apenas com colegas-profissionais da área de Segurança Pública, mas também abriu um novo horizonte de discussões e debates com autoridades políticas [sobretudo prefeitas e vereadoras] de localidades que possuem projetos sociais bem sucedidos na temática abordada pela pós-graduação.
Ou seja, com essa rica experiência na UFG, a pré-candidata a vereadora Andreia Diniz percebeu que muitas iniciativas detalhadas no curso apresentam potencial de serem discutidas no plenário da Câmara Municipal de Niquelândia – a partir de janeiro de 2025 – caso ela receba aprovação popular nas urnas este ano.
“Serão projetos de fácil execução. Não existe nada de mirabolante no que eu pretendo fazer caso seja eleita vereadora em Niquelândia. Não vou prometer o mundo da Disney para as mulheres, crianças e idosos da nossa cidade. Quero, além do enfrentamento à violência doméstica, promover ações em defesa de crianças vítimas de abuso sexual; e trabalhar projetos de capacitação profissional para as mulheres, para reduzir a dependência econômica delas de seus agressores. São coisas ainda muito necessárias por aqui”, afirmou Andreia Diniz.
A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA POLÍTICA DE NIQUELÂNDIA – Segundo a policial civil e pré-candidata a vereadora em Niquelândia, a reduzidíssima quantidade de mulheres que tiveram mandatos no Legislativo local – normalmente uma, às vezes duas ou até nenhuma representante do sexo feminino – ainda é fruto de uma sociedade predominantemente machista, em todo o Brasil.
“São barreiras que estão sendo quebradas, porque as mulheres estão conseguindo ter um pouco mais de voz. Antigamente, as mulheres sequer tinham direito a votar. Durante muito tempo, nós fomos silenciadas. Mas isso não quer dizer que somos silenciosas. Falar em direitos iguais é muito fácil. Em Niquelândia, é surreal e até absurdo termos apenas uma vereadora no maior município em extensão territorial de Goiás, porque muitas coisas ainda são comandadas pelos homens aqui. Até nos eventos, poucas delas, inclusive, se dispõe a pegar o microfone para falar”, comentou a policial e pré-candidata a vereadora.
ALINHAMENTO POLÍTICO – Como já foi mencionado no início desta reportagem, Andreia Diniz está filiada ao PL, mesmo partido do empresário e pré-candidato a prefeito Ozeas Boiadeiro.
Segundo ela, o convite para ser pré-candidata a vereadora na base política de Ozeas surgiu como fruto do reconhecimento do empresário do ramo de compra e venda de gado pelos serviços prestados por Andreia como escrivã da Polícia Civil de Niquelândia.
ACOLHIMENTO PARA QUEM PRECISA – “O trabalho que faço como policial civil é um dos mais lindos contra a violência de gênero, que vitima mulheres, transexuais, homossexuais e travestis. É uma das bandeiras que eu quero levantar para tirar essas pessoas da opressão, fazendo com que participem mais da sociedade e caminhem lado a lado conosco”, afirmou a pré-candidata a vereadora pelo PL em Niquelândia.