Niquelândia

Corpo de rapaz achado morto perto do Rio Traíras em Niquelândia tinha duas marcas de bala, aponta Polícia Cientifica

Rone Gomes Rosa, de 32 anos, havia desaparecido na madrugada do domingo/25: Polícia Civil agora irá investigar motivações e autoria do assassinato

O 7º Núcleo da Polícia Técnico-Científica (7º NPTC) de Uruaçu confirmou, à Polícia Civil de Niquelândia na manhã deste sábado/2, que o corpo encontrado no final da tarde desta sexta-feira/1º nas proximidades da região conhecida como Praião, junto ao Rio Traíras, tratava-se realmente de Rone Gomes Rosa, de 32 anos.

A identificação formal dele – segundo o perito-criminal e diretor do 7º NPTC, Marcelo de Castro Morais – se deu apenas hoje em função das dificuldades encontradas para verificação das impressões digitais do rapaz, pelo fato do cadáver ter ficado exposto no sol durante vários dias, estando assim em adiantado estado de decomposição.

No corpo, havia dois orifícios indicando assim que Rone foi assassinado mediante uso de arma de fogo – um no peito, próximo ao mamilo direito; e outro nas costas, também pelo lado direito – porém sem ser possível ainda afirmar se Rone foi baleado uma ou duas vezes, o que ainda dependerá do laudo cadavérico a ser encaminhado para a PC no prazo de 30 dias.

VÍTIMA TINHA PASSAGEM POR TRÁFICO – De acordo com o delegado-titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da Polícia Civil de Niquelândia, Cássio Arantes do Nascimento, o rapaz assassinado tinha cumprido pena anteriormente por tráfico de drogas, fato esse decorrido há bastante tempo. Todavia, segundo a autoridade policial, ainda não é possível afirmar que o assassinato tenha relação com dívidas e/ou comércio de entorpecentes no município.

“Temos, sim, algumas linhas de investigação. Porém, nenhuma é muito crível ainda e, por isso, preferimos não fazer essa por agora essa afirmação para que não que se crie uma situação que mascare outra possibilidade (de elucidação do caso). Agora, a partir da instauração do inquérito policial e a chegada dos laudos periciais da Polícia Técnico-Científica, esperamos poder chegar às circunstâncias e motivações para o cometimento desse crime e, obviamente, à autoria dos fatos”, afirmou Cássio Arantes ao Excelência Notícias por volta das 10h30 de hoje.

ENTENDA O CASO – Como se sabe, Rone Gomes Rosa foi visto por sua família pela última vez por volta das 19 horas do sábado/24 na casa da família, na Vila São Vicente.

Por volta das 23 horas, de acordo com o relato de sua irmã à PC, o rapaz fez um post nas redes sociais indicando que estava na casa de uma amiga no Bairro Santa Efigênia.

No dia seguinte, essa amiga confirmou para a irmã que Rone realmente havia estado em sua casa mas que, porém, havia saído por volta das 4 horas da madrugada do domingo/25 para uma festa nas proximidades do Parque Agropecuário de Niquelândia, na companhia de uma mulher.

De acordo com a irmã de Rone, a mulher com quem seu irmão saiu confirmou que retornaram à região central de Niquelândia logo após, por volta das 4h30. Ele, de moto; e ela, de carro.

Eles teriam se encontrado na esquina da Avenida Brasil com a Rua Sete de Setembro, na porta de uma loja de roupas. A moça foi para a Feira Coberta, no Bairro Santa Efigênia e o rapaz desapareceu após dizer que iria trabalhar, seguindo em direção à Praça Silva Júnior.

O caso, infelizmente, teve um desfecho trágico com o encontro do corpo de Rone por um transeunte que, segundo a Polícia Civil, notou a presença de urubus e de forte mau-cheiro na região do Praião, a uma distância de 800 metros da rodovia BR-414.

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