ENTREVISTA – DIEGO COELHO: Presidente do Sindicato Rural de Niquelândia defende eleição de Rodrigo Fernandes a deputado estadual no próximo domingo

Diego Coelho, atual presidente do Sindicato Rural de Niquelândia, é uma pessoa que sempre foi avessa às práticas politiqueiras típicas dos períodos eleitorais na cidade do Norte do Estado. Participativo e mostrando-se sempre muito preocupado com o escasso desenvolvimento da região, Diego atuou com grande destreza nas atividades do Programa Líder Norte do Serviço Brasileiro de Assistência à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) em Goiás entre 2019 e 2020. De forma técnica, buscava a política de construir relações sólidas nos bastidores dos poderes constituidos, sem muito alardear o que estava planejando, antes de ter a certeza de que o projeto/iniciativa que abraçasse pudesse ter chance real de prosperar. Porém, o tempo passou e Diego Coelho, já na atual condição de líder dos ruralistas em Niquelândia, percebeu a importância de se posicionar publicamente e declarar apoio para algum candidato a deputado estadual enraizado e com conhecimento sobre as necessidades e potencialidades do Norte Goiano. E a escolha recaiu sobre Rodrigo Fernandes (Avante), que disputa uma eleição pela primeira vez e com quem Diego visitou a zona rural de Niquelândia no último final semana, pedindo apoio à candidatura do advogado e ex-presidente da OAB em Uruaçu, às eleições marcadas para o próximo domingo (2). Confira, abaixo, a íntegra da entrevista com Diego Coelho:

Portal Excelência Notícias – O senhor sempre manteve uma postura comedida sobre política partidária em Niquelândia, praticamente nunca manifestando publicamente sobre seus apoios, que sempre ofertou somente nos bastidores. Por que agora o senhor tomou a decisão de apoiar publicamente a candidatura de Rodrigo Fernandes a deputado estadual?

Diego Coelho – Eu venho de um movimento que se preocupa muito com as nossas questões regionais. E, como já falei em outras entrevistas, precisamos mobilizar a nossa região em prol do desenvolvimento, para trazer benefícios e soluções que apoiem isso. Até este momento, embora eu sempre tivesse participado dessas discussões, sempre me preocupei mais com a iniciativa privada, pois temos grandes empresários e grandes empresas imbuídas nesse sentido. Porém, sempre esbarramos na dificuldade que é ter representantes políticos com mandatos da própria Região Norte para que tragam realmente ações que possibilitem esse desenvolvimento, sobretudo na área da infraestrutura com políticas públicas. Realmente, como você falou, fui procurado por diversos candidatos e, enquanto entidade (o Sindicato Rural), conversei com todos e apresentei as preocupações da população de Niquelândia. De fato, se posicionar politicamente era algo que eu ainda não havia feito, de forma tão exposta. Porém, quando resolvi me expor, decidi que faria campanha para que representasse não apenas meus objetivos, mas sim da região e do município de Niquelândia, particularmente. E os nossos associados entenderam que era importante eu ter esse posicionamento político porque, no geral, não conseguimos agradar a todos, escolhendo nomes como o do Rodrigo e do Márcio Correa (candidato a deputado federal pelo MDB) – pessoas sem manchas em suas reputações –  capacitados e instruídos para aplicar o conhecimento que ambos possuem, com honestidade e caráter, em prol da nossa  região. Eles não representam a politicagem, que é a política do favoritismo individual. Não poderíamos aceitar, por exemplo, a construção de um pedágio na BR-080 entre Barro Alto e Uruaçu sem a contrapartida da pavimentação de uma rodovia estadual como a GO-080 no trecho entre Barro Alto e Niquelândia/GO-237, como condicionante à essa privatização das rodovias federais em nossa região.

Excelência Notícias – O candidato a deputado estadual Rodrigo Fernandes é advogado e, por isso, possui ligação de longa data com o Sindicato Rural de Uruaçu, onde ocupou o cargo de diretor jurídico por 17 anos. Essa afinidade, por assim dizer, pelo fato do senhor presidir atualmente o Sindicato Rural de Niquelândia, facilitou também o alinhamento político entre os senhores?

Diego Coelho – Com certeza. Nós estamos num município que, apesar de ser mundialmente conhecido pela questão mineral, possui histórica vocação rural, agrícola e pecuária. É comum conhecermos pessoas que, mesmo não sendo produtores rurais, tinham algum parente –  avô, tio, marido – nessa área de atuação Outro dia, ouvi alguém dizer por aqui que não deveríamos eleger ninguém da bancada do boi. É muito interessante refletirmos sobre isso pois, se estamos elegendo pessoas que representam o agronegócio, essa pessoa é a mesma que representa o empreendedor. Tudo isso porque o comércio de Niquelândia e a estrutura da nossa Região Norte de Goiás está diretamente relacionada com tudo aquilo que envolve o agronegócio. Mas o Rodrigo não representa somente o agronegócio, mas sim a ‘boa nova’ na política e também o empreendedorismo, pois é sabido que ele possui uma empresa de advocacia em Uruaçu que atende toda Região Norte; e também por sua atuação como pecuarista em nosso município. Por isso, vejo que ele representa a todos em nossa região e também Niquelândia, dentro desse entendimento que acabei de apresentar.

Excelência Notícias – Apesar do Norte Goiano ter cerca de 200 mil eleitores, na somatória geral da população apta a votar em cada cidade, ainda enfrentamos dificuldades para eleger um deputado legítimo de Minaçu, Porangatu, Uruaçu e Niquelândia, por exemplo, dada presença de candidatos de outras regiões atrás de votos por aqui, a cada quatro anos. São políticos geralmente apelidados de ‘paraquedistas’. Como resolver essa situação?

Diego Coelho – Nós temos que priorizar, principalmente, os candidatos a deputado estadual da nossa região, do Centro-Norte ou do antigo Médio Norte Goiano, o que inclui os lagos de Serra da Mesa e Cana Brava e toda essa estrutura. O Lago Serra da Mesa é o maior produto turístico de Goiás em vários municípios da nossa região, mas ainda não trabalhamos a infraestrutura necessária para receber os turistas. Não podemos permitir que candidatos sem capacidade de entendimento sobre a nossa região venham pedir votos para, depois, apresentar uma emenda ou outra. Temos de parar o que vemos atualmente: um Estado dividido economicamente. Quando a gente viaja para o Sul (região de Itumbiara/Caldas Novas) ou Sudoeste do Estado (região de Rio Verde/Jataí) percebemos uma ‘cara’ diferente das cidades dessas duas regiões que eu citei.  Quando você visita o Norte e o Nordeste goianos, essas duas regiões tem outra cara, outra estrutura. É como se existissem dois Estados distintos dentro de Goiás. Por isso que, entre os nomes de candidatos da nossa região, precisamos escolher o que represente melhor o desenvolvimento da região; e expulsar de vez os candidatos que vem aqui buscar o voto, priorizando depois apenas a concessão de obras e benefícios aos municípios de suas regiões de origem, sem nenhum comprometimento político com o Norte e o Nordeste do nosso Estado. Eu e outras pessoas que apoiam o Rodrigo aqui em Niquelândia não estamos interessados em um ou outro favor pessoal, mas sim no desenvolvimento e crescimento econômico com atração de mais investidores para o nosso município.