ELAS SÃO “ACIN” – Associação Comercial e Industrial de Niquelândia homenageia mulheres inspiradoras em alusão ao 8 de março
Entidade classista da cidade do Norte do Estado, que já foi presidida duas vezes por empresárias, promoveu evento exclusivamente para o público feminino para marcar o Dia Internacional da Mulher na noite da quinta-feira/6: nem mesmo o presidente da ACIN, Ronaldo Fernandes, pôde acompanhar as palestras

Representada pelas mais diversas profissões, sobretudo empresárias, a força feminina brilhou no evento “Mulheres Inspiradoras são ACIN”, promovido na noite desta quinta-feira/6 no Casa Bela Eventos pela Associação Comercial e Industrial de Niquelândia (Acin). E assim – ou melhor, ACIN – como esperado, a noite foi repleta de aprendizado, emoção, momentos especiais e um farto coquetel, no encerramento.
Com palestras motivadoras e sorteios animados, o encontro destacou a importância do empoderamento feminino e das conquistas diárias das mulheres.

No âmbito da entidade que representa o comércio local, as empresárias Eneida Lopes de Godoi e Fernanda Rodrigues Melo já presidiram a ACIN em épocas distintas.

Já Fernanda ocupou o cargo mais recentemente, entre 2021 e 2024, depois de ter sido vice-presidente, entre 2019 e 2021, quando destacou-se em várias frentes de trabalho em prol do comércio niquelandense.

“As mulheres, com sua inteligência e sabedoria, estão favorecendo consideravelmente as nossas atividades, enquanto empreendedoras e associadas. Estou aqui para convidá-las para fazer uma força muito grande pelo desenvolvimento de Niquelândia. Vocês, mulheres, tem um papel muito grande nisso. Obrigado, de coração, por estarem participando com a gente”, afirmou o presidente da ACIN, Ronaldo Fernandes da Silva, em seu pronunciamento na abertura do encontro.
Ronaldo, em seu segundo mandato não-consecutivo como presidente, destacou que a ACIN possui 230 estabelecimentos comerciais filiados atualmente (que pagam, cada um, uma modesta contribuição mensal de R$ 72,00), com o objetivo de atingir 300 a 350 associados no decorrer de sua gestão, de tal forma que a entidade continue tendo seu papel de destaque no Norte Goiano.

Com experiência nas áreas de Vendas, Liderança e Produtividade, ela abriu sua participação incentivando as mulheres a dizerem, umas às outras, “Sejam Bem Vindas à Melhor Noite de Sua Vida”, saindo de suas cadeiras no recinto, antes de discorrer sobre o tema “Como Lidar com as Dores Emocionais”.

A palestrante disse que, até então, reproduzia atitudes e comportamentos que não lhe favoreciam na luta contra a balança, tendo que dedicar-se à ruptura com aquela fase de sua vida, exemplificando que as mulheres podem e devem alcançar seus objetivos tal qual os homens sempre fizeram.
Segundo a terapeuta, lidar com as dores de ser mulher, mãe, esposa, empreendedora, bem como executar várias tarefas no dia a dia, fazem com que várias delas acabem desenvolvendo a “Síndrome da Mulher Maravilha, em que consegue resolver problemas de todo mundo mas sem conseguir ofertar socorro a si própria.
“Inteligência emocional é ter um comportamento certo, um temperamento certo, no lugar certo”, afirmou a palestrante. Segundo Walesca não existe nenhum estudo científico que prove que o cérebro das mulheres é diferente do cérebro do homem.
Walesca detalhou que a geração dela e de várias que participaram do evento da ACIN foi marcada por mulheres que serviam ao marido e ao lar, em uma rotina em que, ao chegar do trabalho, o homem tirava o sapato, sentava no sofá e pegava o controle remoto da televisão.
“Eu mesma via minha mãe trabalhando o tempo inteiro. Mas, hoje, as mulheres são formadas e informadas”, lembrou Walesca.

Por conta disso, no presente momento, Andréia, que é formada em Direito, precisa dividir seu tempo como escrivã-chefe da Delegacia Estadual de Atendimento à Mulher (DEAM) de Niquelândia; cumprir as atividades inerentes ao primeiro mandato parlamentar, conquistado no ano passado; e encontrar soluções para os problemas administrativos da Câmara. Sem contar, é claro, seu papel familiar como mãe e esposa. De fato, uma mulher inspiradora.
“Me chamou muito a atenção, numa outra palestra que assisti, a menção ao fato de que nós, mulheres, adiamos muito os nossos sonhos. Dizemos, muitas vezes, ‘amanhã eu faço, eu corro atrás’ para ser professora, médica, política, enfim. A gente sempre acha que as prioridades são mais importantes que os sonhos de todas nós”, comentou a vereadora.

“E os sonhos vão ficando de lado, às vezes por medo. Eu sempre era incentivada (a me candidatar) por conta do meu trabalho na delegacia, com as mulheres. E, um dia (em 2024), isso aconteceu, fui candidata e deu tudo certo, graças a Deus”, detalhou.

Três meses depois – em 1º de janeiro, dia da posse – acabou se tornando a primeira mulher a presidir o Legislativo de Niquelândia. Segundo Andréia, essa condição recente teve um significado “muito forte” em sua vida, porque muitas outras mulheres tiveram que ser pioneiras em outras funções de destaque na cidade para que ela própria chegasse ao patamar atual.
“Isso (ser presidente da Câmara) não é uma vitória só minha, é uma vitória nossa (das mulheres niquelandenses), da nossa ancestralidade, em poder mostrar que é possível sim que mulheres possam ser líderes na política, como empreendedoras e também em casa. E tá tudo bem, tá tudo certo”, disse a vereadora, citando também, em sua fala, outra mulher que possui mandato hoje no Legislativo de Niquelândia, Carmem Lúcia Ferreira, como exemplo das provações que ambas deverão passar no decorrer do atual mandato.

Ela lembrou que seu grande sonho, enquanto mulher, era ter um filho – Anauê Stival Calisto, seu filho único, hoje tem 31 anos – que Sonea conseguiu ter na oitava tentativa de ser mãe. Antes, a jornalista sofreu sete abortos espontâneos bem no início de cada gravidez.
“Anauê, em tupi-guarani, significa salvação. Eu nunca desisti. E, recentemente, meu filho e minha nora Lizandra me deram uma neta, que se chama Aurora, de um ano e três meses, linda e maravilhosa, que é a razão das nossas vidas hoje. Era essa experiência particular que eu queria passar para vocês, para que sempre façam o que acreditam. Eu não desisto nunca daquilo que acredito”, afirmou Sonea, no evento em Niquelândia.

Por conta dessa palestra, tão específica, as mulheres que integram a diretoria da entidade classista vetaram a presença de homens no evento para que se sentissem mais confortáveis no diálogo com Nayruz.
Boa parte das explicações foram dadas mediante demonstração com o uso de peças de silicone semelhantes com a anatomia sexual da região da vagina.

Uma das técnicas que aplica às pacientes que a procuram versa sobre a redução do tempo do parto tradicional de 12 horas para um período variando de 3 a 5 horas, sem lesionar a região localizada entre a vagina e o ânus (períneo).
Ela explicou que o fortalecimento da região pélvica, mediante fisioterapia, é bastante necessário porque as mulheres não nasceram, do ponto de vista biológico, para carregar peso.

Em breve comparação, ela citou que os homens são naturalmente mais fortes por conta da produção de testosterona, diferentemente das mulheres, que produzem estrogênio.
Segundo ela, atividades físicas como corrida, crossfit, vôlei, basquete, enfraquecem a musculatura íntima feminina. “Isso pode provocar a queda da bexiga, do útero e da uretra”, detalhou Nayruz Jradi.
