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Entenda o significado das celebrações da Semana Santa neste feriado de Páscoa

Hoje, não há celebração eucarística e sim a veneração da santa cruz - momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade - ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: Liturgia da Palavra oferece a leitura de Isaías 52, o Salmo 30 (31), Hebreus 4 e o Evangelho de João 18, 1 – 19, 42

Com o Domingo de Ramos, no último dia 24, a Igreja Católica abriu as celebrações centrais da fé cristã, nas quais se revisita a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo pela redenção da humanidade.

É por esse motivo que esta semana que antecede a Páscoa é chamada de Semana Santa, a Semana Maior.

Em cada dia, a Liturgia da Igreja Católica apresentou os passos de Jesus até a sua entrega e ressurreição.

Também gestos da devoção popular marcam a vivência da Semana Santa.

SEXTA-FEIRA SANTA – A tarde da Sexta-feira Santa – neste feriado nacional de 29 de março – apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário.

A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança.

Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, é contemplado o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado.

Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.

A Liturgia da Palavra oferece a leitura de Isaías 52, o Salmo 30 (31), Hebreus 4 e o Evangelho de João 18, 1 – 19, 42.

Neste dia, a Via-sacra ganha relevo, assim como o gesto no decorrer da Quaresma, como forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz.

A Igreja propõe a meditação para ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus.

Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas encenações da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.

SÁBADO SANTO – O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa.

A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa.

É neste dia que a Igreja celebra a Vigília Pascal. A celebração acontece no sábado à noite.

É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.

A celebração inicia com a bênção do fogo, realizada fora da Igreja, com a bênção do fogo novo.

Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote.

Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo.

Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo.

Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.

Em procissão, a comunidade segue com o Círio à frente e as luzes apagadas.

O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos graças a Deus!”.

Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja.

O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.

PROCLAMAÇÃO DA PÁSCOA O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada.

Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas.

Terminada a proclamação, apagam-se as velas.

LITURGIA DA PALAVRA Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra.

As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo:

E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc 24, 27).

 DOMINGO DA RESSURREIÇÃO – É o dia santo mais importante da religião cristã.

Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados.

Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.

A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos.

Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.

[Informações extraídas do site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/CNBB]

 

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