Niquelândia/Muquém

Rapaz de 26 anos assassinado na área externa do Muquém esteve na cena do crime que vitimou balconista de farmácia no povoado

Crime durante a Romaria de Nossa Senhora da Abadia ocorreu por volta da 1 hora da madrugada do sábado/12: Judiciário havia concedido liberdade condicional para Djair Costa da Cruz um dia antes de sua morte

Assassinado na área comercial externa que serve de acesso ao Santuário do Muquém com dois tiros de pistolas de diferentes calibres por volta da uma hora da madrugada do sábado/12, Djair Costa da Cruz, de 26 anos, estava próximo à cena do homicídio ocorrido 15 dias antes no mesmo povoado distante 45 quilômetros da área urbana de Niquelândia.

A informação foi transmitida ao Portal Excelência Notícias pelo delegado Cássio Arantes do Nascimento, titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da Polícia Civil da cidade do Norte do Estado, na tarde deste domingo/13.

Como se sabe, o balconista de farmácia João Marcos Silva, de 30 anos, foi assassinado por volta das 2 horas da madrugada do último dia 30 de julho, de sábado para domingo, por ocasião dos festejos do Aniversário do Povoado do Muquém.

De acordo com a autoridade policial, a suspeita inicial do GIH era que Djair pudesse ter algum envolvimento (ainda que indireto, já que não efetuou disparo algum) na morte de João Marcos.

Segundo o delegado, isso acabou não se confirmando após a Polícia Civil concluir que um terceiro indivíduo – que segue foragido – ter assassinado o balconista.

Todavia, o rapaz morto no Muquém tinha vínculo com grupos criminosos que possuem rivais em Niquelândia.

Por conta disso, Djair registrava diversas passagens pela polícia por crimes cometidos anteriormente. Ao ser beneficiado com o cumprimento de pena em regime semiaberto, passou a usar tornozeleira eletrônica por decisão judicial.

No dia 30 de julho, quando a bateria do equipamento de monitoramento estava descarregada, Djair foi à festa do Povoado do Muquém quando João Marcos foi morto.

Depois, detalhou o delegado, Djair conseguiu o benefício do livramento condicional por outra decisão judicial da Comarca de Niquelândia, recebeu autorização para retirar a tornozeleira eletrônica.

No entanto, descumprindo as normas previamente estipuladas pela Justiça para o relaxamento de sua prisão, Djair foi novamente ao Muquém na noite da sexta-feira/11.

“Ele (a vítima) não poderia ter feito já que o livramento condicional – justamente por ser condicional – não lhe dava o direito de circular livremente naquele horário e em lugares com grande aglomeração de pessoas, onde ele acabou sendo morto”, detalhou a autoridade policial.

Para o delegado Cássio Arantes, a morte violenta ocorrida no Povoado do Muquém será de difícil apuração pelo inquérito policial instaurado nesse sentido, dada a possibilidade de que diversas pessoas sejam as executoras do crime já que Djair teve envolvimento com outros ilícitos penais, como citado no decorrer desta reportagem.

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