Kombi da Apae que viraria sucata é transformada em biblioteca itinerante com apoio da Anglo American em Niquelândia

Uma perua Kombi ano 2004 – inutilizada há bastante tempo por problemas mecânicos – foi adaptada e transformada numa biblioteca sobre rodas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Niquelândia, com R$ 35 mil ofertados pela Anglo American através do Programa Embaixadores do Bem.

Realizada desde 2019, a ação de voluntariado alinhada com o Plano de Mineração Sustentável da Anglo American garantiu que seus colaboradores desenvolvessem, somente no ano passado, 22 projetos sociais em parceria com entidades localizadas nas comunidades que sediam negócios de Minério de Ferro e de Níquel da empresa no Brasil.

Na cidade do Norte do Estado, o Projeto Leitura em Movimento resultou na montagem de um originalíssima “Kombiteca” – junção de Kombi com biblioteca – mediante indicação e acompanhamento direto de dois “embaixadores do bem” da Anglo American/Codemin em Niquelândia.

Colaboradores da empresa há mais de 15 anos, o coordenador de manutenção mecânica Alexandre Magno Camargo; e a gerente de operações Adelita Quenet Camargo; deram o respaldo necessário para o andamento do projeto da Apae.

Porém, para que o recurso fosse efetivamente liberado, a iniciativa foi aprovada após rigorosa avaliação de um grupo de trabalho multidisciplinar da Anglo American nas áreas de Recursos Humanos, Relacionamento com Comunidades, Gestão Centralizada de Investimentos Institucionais, Performance Social, Desenvolvimento Sustentável, Jurídico e Compliance.

“Uma das principais exigências da Anglo American é, justamente, a prestação de contas dos nossos projetos para a própria empresa e também para a comunidade de Niquelândia, o que estamos fazendo agora através do Portal Excelência Notícias. No caso da Apae, como já participamos anteriormente sem a ocorrência de problemas nesse sentido, facilita bastante para nós sermos atendidos com mais recursos para novos projetos, como esse da Kombiteca, fazendo inclusive com que sejamos uma espécie de modelo de atuação para outras Apaes em nosso Estado”, afirmou a presidente da entidade, Porfira Moreira de Paiva Queiroz.

A REFORMA DA KOMBI – Com um orçamento estimado em R$ 15 mil para retificar o motor e realizar outras melhorias [suspensão e freios, por exemplo], a antiga perua que era usada no transporte dos alunos da Apae estava perto de ser vendida como sucata dada a total ausência de recursos para seu conserto.

De acordo com a secretária-geral da Apae Niquelândia, Janeide Clayr Nunes de Araújo Braz, a ideia do reaproveitamento do veículo surgiu pela ausência de espaço físico para que uma biblioteca fosse instalada na sede da entidade, na Avenida Almirante Tamandaré, região central do município.

“A leitura tem a capacidade de transformar o indivíduo para outras realidades. No caso das pessoas com deficiência, a leitura estimula o imaginário e favorece um maior desenvolvimento intelectual, permitindo assim que alguns estigmas acerca da limitação dos nossos assistidos sejam superados”, afirmou Janeide.

Depois que o projeto Leitura em Movimento foi aprovado pela Anglo American, Porfira e Janeide partiram efetivamente para a fase de reforma e adaptação do veículo numa “Kombiteca”. A contratação de prestadores de serviço de Niquelândia, para tanto, serviu ainda para fomentar outros segmentos econômicos da cidade.

Depois da lanternagem, a carroceria teve partes pintadas de azul [do teto à altura das janelas das portas, bem como para-choques e rodas] antecedendo assim a etapa de plotagem (adesivação) com ilustrações de crianças lendo livros em forma de desenho animado, reforçando assim o caráter lúdico do Projeto Leitura em Movimento.

Por fim, com serviços de marcenaria, prateleiras de madeira foram afixadas no lugar das fileiras dos bancos traseiros do veículo para que a “Kombiteca” acomodasse cerca de 170 livros específicos para atender a demanda dos alunos da Apae, inclusive para surdos não-alfabetizados.

Além do uso para leitura em si – com pequenas mesas e banquinhos de madeira construídos especialmente para tal fim e que podem colocados do lado de fora – a “Kombiteca” da Apae Niquelândia também servirá para atividades de contação de histórias e teatro de fantoches, dentre outras atividades.

“A Anglo nos permite sonhar. Às vezes, nós até sonhamos [com diversas iniciativas] mas não temos [recursos] para executar. E, com essa parceria com a Anglo American, esse sonho da ‘Kombiteca’ se transformou num projeto apoiado por essa importante empresa para a Apae e para Niquelândia, de uma forma geral”, enfatizou a secretária-geral da entidade no município.

A ideia de Porfira e de Janeide é que a estrutura de leitura móvel proporcionada pelo apoio da Anglo American faça com que a ‘Kombiteca’ seja aproveitada não apenas pela Apae mas em todas as escolas da rede estadual e município, de forma itinerante, com um calendário a ser estipulado. Como o veículo não tem mais motor, a Kombiteca será rebocada pela entidade até o local escolhido para a atividade externa.

GRATIDÃO DOS APAIANOS – “Para nós, da Apae de Niquelândia, a Anglo American representa tudo. Se nós não tivéssemos uma empresa parceira como a Anglo, nos apoiando, nem saberia explicar como faríamos para sobreviver com esse trabalho. Aproveito a oportunidade para agradecer publicamente a Anglo American e para dizer o quanto estamos felizes pela implantação de mais um projeto apoiado por essa grande empresa”, completou a presidente da Apae.