Em audiência com ministro, Caiado discute transferência da Enel Distribuição para a Equatorial Energia
Mudança de controle acionário entre as empresas ainda depende de autorização formal da Aneel: até que isso ocorra, serviço prestado pela Enel será monitorado para garantir manutenção da rede no período chuvoso
A geração e o fornecimento de energia elétrica em Goiás estiveram em pauta na reunião entre o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) nesta quarta-feira/26, em Brasília.
Caiado busca, junto ao governo federal, que a Equatorial Energia assuma o mais rápido possível o comando do serviço em Goiás, garantido condições para que o Estado se desenvolva e recupere perdas.
Como se sabe, a Enel Distribuição Goiás foi vendida no último dia 23 de setembro por R$ 1,6 bilhão.
Além disso, a Equatorial assumirá dívida líquida de R$ 5,9 bilhões da antiga empresa.
No entanto, a formalização da transferência do controle acionário da Enel para a Equatorial ainda depende de autorização formal da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Nos últimos dias, Caiado tomou várias providências para garantir a continuidade do fornecimento de energia elétrica em Goiás pela Enel enquanto a transferência para a Equatorial não é efetivada.
“Porém, não se trata de apenas transferir, mas de saber se a empresa tem qualificações e condições de investimento para suprir a demanda de energia do Estado”, explicou o governador.
Segundo Caiado, houve significativos avanços sobre o assunto a partir da última segunda-feira (24), especialmente após a decisão judicial determinando que a Enel entregue relatório quinzenal de prestação de contas à Aneel.
A ação civil nesse sentido foi proposta pela Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Por conta disso, a Aneel colocou à disposição do Estado dois fiscais, que estão atuando junto à Agência Goiana de Regulação (AGR) no monitoramento do serviço prestado pela Enel até a transferência definitiva para a Equatorial.
Com isso, a manutenção e o trabalho preventivo da Enel no período das chuvas devem funcionar normalmente.
Em caso de falhas, a empresa italiana poderá ser multada em até R$ 1 milhão por dia.
“Não é possível desenvolver economicamente uma região sem energia. Estamos muito atentos à qualidade do fornecimento e ao preço da energia”, disse o ministro.
A meta é completar a transição até 1º de janeiro de 2023.
Pequenas Centrais Hidrelétricas – Ainda na reunião, o ministro de Minas e Energia anunciou que Goiás vai ganhar duas novas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).
O leilão de licenças-prévias para as estruturas foi realizado neste mês de outubro pelo ministério e as PCHs serão instaladas no município de Rio Verde; e entre os municípios de Itarumã e Serranópolis.
O governador citou que, atualmente, Goiás é o Estado com maior potencial para construção dessas centrais em todo o Brasil,
“A concessão de PCHs é uma demanda legítima do governador Caiado, já que Goiás tem poucas opções de segurança energética no momento. É importante termos energia limpa, segura e barata para todo Brasil”, disse Sachsida.
Comemorando o aumento da geração de energia elétrica em Goiás, Caiado destacou que a construção de uma PCH movimenta a economia de uma cidade e de toda uma região, sendo assim muito importante para todos os goianos.
O governador também já solicitou ao ministério novas oportunidades para a construção de mais dessas estruturas.
“As pequenas centrais hidrelétricas geram energia limpa e são permanentes, gerando riqueza para os municípios goianos”, afirmou Caiado.
[Com informações da Assessoria de Imprensa do Governo de Goiás, sob adaptações editoriais do Portal Excelência Notícias/Niquelândia]