Com Comissão de Apicultura, Sindicato Rural de Niquelândia incentiva produção de mel na cidade e em Colinas do Sul
Apoio da entidade presidida por Diego Coelho faz com que produtores recebam assistência técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e outras assessorias, para garantir mais qualidade, quantidade e rentabilidade econômica dessa cadeira produtiva
Instalada no início do segundo semestre deste ano, a Comissão de Apicultura do Sindicato Rural de Niquelândia trabalha no sentido de fomentar a atividade da cadeia do mel no município e em Colinas do Sul – extensão territorial da entidade – para garantir a industrialização e comercialização do produto, tanto no mercado interno quanto externo.
O presidente do sindicato, Diego Coelho, afirmou que a atividade vem se desenvolvendo a contento e há espaço para mais produtores interessados na cadeia.
“No modo de falar do camponês, é uma atividade que ‘vem pelejando’ para crescer”, avaliou.
A decisão de instalar a Comissão de Apicultura, no âmbito do Sindicato Rural de Niquelândia, se deu pela observação de que existem, na região, produtores interessados em ver a atividade da apicultura crescer.
Nesse sentido, com o apoio do Sindicato Rural, esses produtores já recebem a assistência técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e outras assessorias, a fim de alavancar tanto a produção quanto a comercialização.
“É um mel que, no município de Niquelândia, é produzido com muita qualidade, com muita técnica, com um padrão de gerenciamento dentro das propriedades e dos apiários que realmente é de ser exemplo para o resto dos municípios do entorno”, destaca Diego Coelho.
Como a cadeia produtiva do mel de Niquelândia compreende também Colinas do Sul, produtores do vizinho município recebem igualmente atendimento do sindicato por meio da sua Comissão de Apicultura.
O principal destaque, até aqui observado pelo colegiado, é a dificuldade que os produtores têm de chegar ao volume de mel interessante para ser comercializado em outras regiões do país e até no exterior.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural, o volume ainda pequeno – para o tamanho dos municípios de Niquelândia e Colinas – em função da reduzida quantidade de pessoas na atividade atualmente.
Os produtores que já trabalham na cadeia preveem que cada vez mais haja interesse pela apicultura, afim de que ela cresça, se industrialize e disponibilize produtos já acabados à comercialização no mercado interno e externo.
COOPERATIVA – Há pouco mais de 10 anos, com a criação da Cooperativa dos Apicultores familiares de Niquelândia e Região (Cooperapis), foi erguida uma sede da entidade com estrutura de apoio aos produtores, mas o projeto não teve o desempenho esperado.
Segundo Diego Coelho, dada sua experiência em gestão, alega investimento para a industrialização do mel produzido no município foi feito no sentido contrário à realidade daquele momento.
Hoje, o Sindicato Rural de Niquelândia está investindo na base, ou seja, trabalhar a qualidade do produto que já existe e começar a encontrar mecanismos de ampliação da produção.
“Como foi feito o investimento primeiro em infraestrutura – e não na base – o que restou de fato foi uma estrutura ociosa, sem que o produto chegasse naquelas instalações, para que pudéssemos industrializar o mel”, analisa o presidente do Sindicato Rural.
Ainda de acordo com ele, além de ser uma atividade bastante rentável, a apicultura pode ser consorciada com várias outras atividades.
Porém, ele destacou que isso precisa ser feito com muita atenção até porque as abelhas são seres vivos, muito sensíveis, que não podem ficar muito próximas de outras culturas numa mesma propriedade.
“Às vezes precisamos fazer o combate de alguma praga – em uma lavoura ou em uma pastagem – e esse tipo de combate afeta também as abelhas de maneira negativa. Então, a escolha da região onde se deseja implantar um apiário depende também da escolha do manejo adequado da apicultura consorciada com outra atividade. Isso é indispensável”, detalhou o presidente do Sindicato Rural de Niquelândia.