Golpista ‘quita’ boletos e foge sem pagar R$ 20 mil à funcionária de lotérica em Colinas do Sul
Lotérica Paraíso da Sorte amargou prejuízo na manhã da última quarta-feira/31: para delegado Gerson de Sousa, da Polícia Civil em Niquelândia, colaboradora da empresa demonstrou "inocência e falta de malícia" nos cuidados com o caixa da lotérica
Empresário e ex-vereador em Colinas do Sul, Jones de Azevedo Campos procurou a Delegacia da Polícia Civil em Niquelândia na manhã da quarta-feira/31 detalhando que a casa lotérica de sua propriedade sofreu um enorme prejuízo após golpe praticado por um desconhecido.
Segundo ele, uma funcionária do estabelecimento autenticou 10 boletos de R$ 2.000,00 cada [em nome de cinco mulheres diferentes, emitidos pela empresa Mercado Pago Comércio e Representações] sem fazer o devido recolhimento do valor de R$ 20.000,00 ao caixa da Lotérica Paraíso da Sorte, na região central de Colinas.
Dois boletos (R$ 8.000,00 no total) estavam em nome de Elizângela Peroba de Freitas; dois boletos (R$ 4.000,00 no total) foram emitidos em nome de Patrícia Gomes Castelo Branco; e outros dois boletos (R$ 4.000,00 no total) haviam sido emitidos em nome de Ana Cristina Rodrigues dos Santos.
Na sequência, a funcionária quitou outros dois boletos (R$ 4.000,00 no total) nos quais constava o nome de Ana Cristina da Silva Costa. Por fim, o golpe se concretizou com a liquidação de dois boletos (R$ 4.000,00 no total) em nome de Antonia Andrea do Nascimento.
“Ele chegou de moto na nossa lotérica e falou, para a minha funcionária, que precisava fazer uns pagamentos para o patrão dele, que estava com o dinheiro, e entregou o celular para ela com os códigos de barra dos boletos. E ela, de imediato, começou a fazer os pagamentos. Quando a soma chegou em R$ 20.000,00 ela disse a esse rapaz que precisava receber o dinheiro. Ele, então, disse que não tinha o dinheiro, saiu rapidamente e foi embora; e eu fiquei com o prejuízo”, detalhou a empresária Elaine Maria Gutemberg Campos, esposa de Jones, em áudio enviado ao Portal Excelência Notícias no dia do episódio.
Na manhã desta sexta-feira/2, o delegado Gerson José de Sousa, da PC em Niquelândia, disse que o comportamento da funcionária da lotérica de Colinas do Sul revelou “muita inocência e falta de malícia” para quem trabalha num ramo de atividade que movimenta grandes somas de dinheiro diariamente.
“Esse tipo de golpe é uma ação que, no rol dos delitos tipificados como estelionato, é classificado como ‘outras fraudes’. Normalmente, nas lotéricas, o procedimento normal é ir autenticando boleto por boleto, deixando-os do lado de dentro do caixa até que a pessoa pague o valor da conta, para somente assim entregar ao cliente. E ela [a funcionária] foi entregando [os boletos] antes de receber. Mas, vale dizer, não é um golpe usual e, sim, fruto da criatividade desse estelionatário. Infelizmente, é o crime andando na frente”, afirmou o delegado de Niquelândia.