Cliente de distribuidora é atingida por tiro na cabeça por criminosos que mataram rapaz na madrugada em Niquelândia
PM foi acionada às 2h deste sábado (29) sobre uma possível troca de tiros que terminou com a morte de Cleverson da Silva Santos e feriu gravemente uma jovem de 22 anos, que não tinha qualquer relação com o rapaz assassinado e nem com os autores do crime
Cleverson da Silva Santos – de 22 anos, conhecido como Crevim – foi assassinado com vários tiros por volta das 2 horas da madrugada deste sábado (29) por desconhecidos numa rua próxima de uma distribuidora de bebidas na Avenida Brasil, no Jardim Primavera, em Niquelândia.
O crime, no entanto, teve um desdobramento ainda mais grave: uma frequentadora do local, que não tinha qualquer relação com o crime – Marisa da Silva Souza Tomaz, também de 22 anos – acabou sendo baleada na cabeça.
A jovem foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros da cidade ao Hospital Municipal Santa Efigênia e, dada a gravidade de seu estado clínico, foi rapidamente transferida para o Hospital Neurológico de Goiânia, acompanhada por um neurocirurgião.
De acordo com a ocorrência registrada pelas polícias Civil e Militar da cidade do Norte do Estado, a PM recebeu uma ligação pelo telefone de emergência 190 dando conta de que estaria ocorrendo uma série de disparos de arma de fogo na distribuidora.
No local, a PM deparou-se inicialmente com Marisa, baleada, caída no chão, sangrando muito. Na sequência, os militares receberam a informação de que havia uma segunda pessoa [Crevim] caída na calçada de uma rua lateral à Avenida Brasil, que faz fundos com um posto de combustíveis e com um hotel.
Aos militares, testemunhas relataram que os autores do crime estavam num veículo Gol, de cor prata; e que os mesmos iniciaram os primeiros disparos no local onde estava Marisa, alvejando a jovem que havia saído de sua casa apenas para se divertir no referido estabelecimento.
Os criminosos, na sequência, teriam saído em disparada com o veículo, sempre de acordo com o registro da ocorrência. Porém, algum tempo depois, retornaram às imediações da distribuidora e fizeram os disparos que culminaram com a morte de Clevinho.
DELEGADO COMENTA CASO – Segundo o delegado-titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da Polícia Civil em Niquelândia, Cássio Arantes do Nascimento, as primeiras informações sobre o crime apontam a provável existência de uma briga anterior entre Crevim, que estaria armado com um revólver calibre 32; e os autores do homicídio.
“Ainda não sabemos como exatidão se houve troca de tiros; ou se a vítima [Crevim] teria feito alguns disparos inicialmente, numa tentativa de intimidar os autores, em algum local incerto, nas proximidades. Depois, a vítima seguiu em sentido à distribuidora, mas estava do lado de fora desse local. Estamos apurando, também, se os autores já estavam armados, ou se eles se armaram para voltar à distribuidora”, comentou a autoridade policial.
O delegado ainda informou que, tão logo chegaram ao local, os criminosos passaram a fazer disparos contra a vítima, cuja arma teria ficado sem munição.
Crevim, então, teria corrido para dentro da área coberta da distribuidora, na calçada, onde há constante aglomeração de pessoas, para tentar se proteger.
Porém, quando o rapaz desviou-se da mira do revólver do criminoso, a jovem de 22 anos acabou sendo baleada, de acordo com Cássio Arantes.
A PC, detalhou o delegado, ainda não sabe se os assassinos portavam um ou dois revólveres quando alcançaram Crevim e efetuaram outros disparos na rua atrás do hotel, onde o rapaz efetivamente foi morto.
CREVIM TINHA ANTECEDENTES CRIMINAIS – “A vítima já era bastante conhecida entre a gente [da Polícia Civil], por ter sido preso anteriormente pelo Genarc, por tráfico, há alguns anos. Ele já tinha pelo menos três envolvimentos anteriores com delitos relacionados com drogas, mas ainda não temos certeza se o crime ocorreu por disputas [de pontos de venda de drogas] por facções criminosas. Mas, possivelmente, a morte dele esteja relacionada com o comércio de entorpecentes”, detalhou o delegado.
Cássio Arantes disse que, até o momento, a PC já ouviu duas testemunhas que estavam na distribuidora no sentido de entender com mais clareza a dinâmica do crime que vitimou o rapaz e que deixou a frequentadora do local entre a vida e a morte, até o presente momento.
Porém, o delegado detalhou que o celular e a arma que Clevinho portavam foram subtraídos do local do homicídio, no sentido de dificultar a sequência de investigações que a PC fará sobre o rumoroso caso ocorrido nesta madrugada em Niquelândia.