Goiânia

Agrodefesa inicia campanha de vacinação contra febre aftosa e raiva: obrigatoriedade será suspensa em 2023 em Goiás

Estado não registra focos de aftosa há 27 anos, fruto da parceria do Governo Estadual com as entidades representativas de produtores e criadores, que cumprem normas do Serviço Veterinário Oficial

O Governo de Goiás iniciou, no último domingo (1º),  a primeira etapa de vacinação compulsória contra a febre aftosa de bovinos e bubalinos, nos 246 municípios goianos.

Até o dia 31 deste mês, os pecuaristas precisam vacinar seus rebanhos contra a febre aftosa e raiva, conforme estabelecido na Portaria nº 192/2022 da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).

Nesta primeira etapa de 2022, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiu pela inversão da estratégia de vacinação contra aftosa, priorizando os animais de zero a 24 meses e não todo o rebanho como ocorria nos anos anteriores.

Os animais de todas as idades serão vacinados apenas na etapa de novembro.

“A pecuária é um segmento que gera milhares de empregos e renda para Goiás. Conclamo os pecuaristas para que vacinem os seus animais para mantermos Goiás com status de estado livre de aftosa com vacinação”, enfatizou o presidente da Agrodefesa, José Essado.

O dirigente da Agência lembra que há 27 anos o Estado não registra focos de aftosa, graças à parceria do Governo Estadual com as entidades representativas dos produtores e com os criadores, que cumprem as normas sanitárias definidas pelo Serviço Veterinário Oficial.

Além da vacinação contra aftosa, a Portaria nº 192 estabelece diretrizes também para a vacinação compulsória contra a raiva dos herbívoros (bovinos, bubalinos, equídeos, muares, asininos, caprinos e ovinos) em 121 municípios considerados de alto risco para a doença.

Neste caso, devem ser imunizados todos os animais com até 12 meses de idade. A projeção da Agrodefesa é que sejam vacinados 6 milhões de animais contra a raiva.

Declaração – A declaração de vacinação de animais contra aftosa, bem como contra a raiva nos 121 municípios de alto risco para a doença, é obrigatória.

O prazo para essa providência começa neste domingo (1º/05) e vai até 7 de junho, ou seja, cinco dias úteis após a conclusão da etapa.

Além dos animais vacinados, os pecuaristas precisam declarar também todos os animais existentes nas propriedades.

As declarações de propriedades que tenham acima de 50 cabeças de bovinos e/ou bubalinos deverão ser feitas obrigatoriamente por via eletrônica no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás – Sidago.

Para isso, o produtor precisará ter login e senha do Sidago, que podem ser obtidos no ícone Sidago no site da Agrodefesa (www.agrodefesa.go.gov,br).

A declaração de vacinação contra a raiva também deve ser feita via Sidago.

Criadores que tenham até 49 cabeças podem fazer as declarações também presencialmente nas Unidades Locais da Agrodefesa.

Contudo, a preferência deve ser por meio eletrônico. Nas declarações presenciais os produtores precisam agendar previamente a entrega física dos documentos, o que deve ser feito no escritório da Agência do município onde está localizada a propriedade.

A lista dos escritórios, com telefones, está no site da Agrodefesa, no link ‘Fale Conosco’, no item ‘Unidades Regionais’.

Fim da obrigatoriedade da vacinação contra aftosa em Goiás – A partir de 2023, os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Tocantins e o Distrito Federal não terão mais a vacinação obrigatória contra a febre aftosa.

A suspensão será possível após uma série de ações sanitárias desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em conjunto com os Estados no âmbito do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE/PNEFA), desde o ano de 2017.

“A expectativa era que a vacina fosse retirada em 2021, conforme previsão do Ministério, mas a pandemia da Covid-19 acabou retardando o processo”, lembrou o presidente da Agrodefesa

Ele afirmou também que a retirada da vacina é um passo fundamental, porque abre novos mercados internacionais para a carne produzida em Goiás.

Mesmo obtendo a condição de suspender a vacinação, os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Tocantins e o Distrito Federal ainda precisam dar continuidade às ações sanitárias que darão suporte à retirada da vacina.

Juntas, essas sete Unidades Federativas contabilizam um rebanho de 103 milhões de animais e respondem pela maior parte das exportações brasileiras de carne.

Em uma fase posterior, o Ministério da Agricultura precisará reconhecer nacionalmente essas Unidades Federativas como livres de aftosa sem vacinação.

O último passo será encaminhar um procedimento para reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o que deve ocorrer nos próximos anos. [Informações da Assessoria de Imprensa da Agrodefesa/Governo de Goiás, em Goiânia]

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