Diversificando uso do solo no Legado Verdes do Cerrado, CBA potencializa integração lavoura-pecuária em Niquelândia
Plano de gestão define melhores atividades para cada área, sempre com análise em relação a área de conservação do bioma Cerrado e de uso sustentável: plantio de soja e milho para a safra 2021-2022 abre 2º ciclo de otimização no uso de seu território
Conhecimento aprofundado do solo e adoção de boas práticas de manejo de lavouras de grãos e de gado de corte.
Essa é a receita do Legado Verdes do Cerrado, Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, para demonstrar que é possível aliar, com sucesso, a conservação do bioma Cerrado com atividades agropastoris.
Dos 32,5 mil hectares da Reserva, somente 20% são destinados para atividades de pecuária, produção de grãos e silvicultura.
E com o plantio de soja e milho para a safra 2021-2022 o Legado Verdes do Cerrado inicia o segundo ciclo da integração de lavoura, pecuária e floresta em seu território, no norte de Goiás.
As atividades são realizadas no mesmo espaço em consórcio, sucessão ou rotação.
Com esse processo, o Legado Verdes do Cerrado atende à necessidade de produção de alimento, aliando a pesquisa e a conservação dos ecossistemas.
No ano que vem, após a colheita dos grãos, a área receberá a semeadura de capim braquiária para forração do terreno onde será colocado o rebanho por um período de sete meses.
Com essa nova área integrada, os pastos convencionais passam por um período de vedação e se recuperam, podendo receber, em seguida, o gado de volta.
A rotação possibilita elevar capacidade de suporte de uma unidade animal por hectare (U.A./ha) para quatro ou cinco unidades animal por hectare.
Desse modo, integração com a lavoura aumenta a produtividade sem ampliar a área dedicada à pecuária circundada pelo Cerrado nativo conservado da Reserva.
No ano passado, na primeira experiência de integração, o gado foi conduzido das pastagens convencionais para a palhada deixada nas lavouras, após a colheita.
O manejo diminuiu a pressão das pastagens, além de proporcionar um aumento médio de peso do rebanho de aproximadamente 30%.
De acordo o gerente de Operações do Legado Verdes do Cerrado, Marco Túlio Xavier Lanza, com o plantio direto do capim braquiária também há uma redução da emissão de gases de efeito estufa.
“Essa é uma técnica sustentável que não revolve o solo”, explicou.
Além disso, de acordo com Marco Túlio, com o plantio de soja na Reserva aumentou-se o manejo biológico para controle das pragas comuns nessas culturas, que reduziu 70% do manejo químico.
O projeto de integração lavoura, pecuária e floresta fortalece o modelo de atuação do Legado Verdes do Cerrado, que desde a sua inauguração, em 2017, alia atividades convencionais à nova economia.
Tem aspectos diferenciados quando comparado aos modelos usuais, tanto em sua constituição quanto no que se refere aos seus objetivos e ao seu plano de manejo.
Todas as atividades na Reserva partem do princípio de que o solo é o principal ativo para a produção e conservação do Cerrado.
O plano de gestão define as melhores atividades para cada área, sempre com análise em relação a área de conservação do bioma e de uso sustentável.
A área de Cerrado nativo, que ocupa aproximadamente 80% da Reserva, é um laboratório a céu aberto, onde são realizadas pesquisas científicas relacionadas à fauna e à flora do bioma e aos mananciais de água que cortam o território, gerando conhecimento integrado as áreas de produção.
Por meio da pesquisa Qualidade dos Solos nas Regiões Cársticas – desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), em diferentes áreas do Legado Verdes do Cerrado – foi possível obter informações aprofundadas que possibilitaram a elaboração de um novo mapa da região, que contribuiu para orientar o melhor uso do solo das áreas destinadas às atividades de agricultura, pecuária e conservação.
Como em alguns locais da Reserva são encontrados solos cársticos – que formam cavernas ou dolinas – o mapa dos solos orienta o melhor uso dessas áreas.
Além da identificação das zonas cársticas, é possível mapear áreas com maior ou menor permeabilidade do solo, o que influencia diretamente na produção, e assim desenvolver corredores ecológicos em áreas que beneficiam tanto a produção quanto aos ecossitemas.
Essa inovação gera conhecimento para todo território que pode beneficiar as cadeias produtivas locais, integrando o contexto socioeconômico da região, onde se insere a Reserva, bem como a conservação ambiental do bioma Cerrado, atendendo as Metas Globais para a Conservação da Biodiversidade.
SOBRE O LEGADO VERDES DO CERRADO – O Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 80% da área composta por cerrado nativo, é uma área de 32,5 mil hectares pertencente à CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, e administrada pela Reservas Votorantim.
A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois núcleos.
No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de Niquelândia.
Nele, está localizada a sede, em uma área de 22,5 mil hectares, onde são realizadas pesquisas científicas, ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; enquanto outros 5 mil hectares são dedicados à pecuária, produção de grãos e silvicultura.
Já o núcleo Santo Antônio Serra Negra, que conta com mais 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua área margeada pelo Lago da Serra da Mesa.
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[Informações da Assessoria de Imprensa da CBA/Legado Verdes do Cerrado, em Goiânia]