Reforma da sede da Apae em Niquelândia é concluída com R$ 100 mil doados pela Anglo American

Após quatro meses de muito trabalho, poeira e coisas fora do lugar, a sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Niquelândia está de cara nova, na Avenida Almirante Tamandaré, região central do município do Norte do Estado.

O casarão bastante antigo, que abriga a entidade, passou por ampla reforma de suas dependências internas que ganharam pintura nova e melhorias das instalações elétricas e hidráulicas.  A fachada do prédio também foi pintada; e uma nova placa de identificação, moderna e colorida, foi instalada no local.

O Portal Excelência Notícias acompanhou todas as fases de realização das melhorias : numa galeria de fotos, bastante especial, você confere tudo o que foi feito no final desta reportagem.

Segundo a presidente da entidade, Porfira Moreira de Paiva Queiroz, isso só foi possível graças a uma verba de R$ 99.812,26 ofertada pela mineradora Anglo American à revitalização das salas de aula externas; da área administrativa; da dispensa; da cozinha; do refeitório; dos banheiros; [os externos, por exemplo, ganharam portas mais largas para o acesso de cadeirantes]; e da coordenação pedagógica; dentre outros espaços.

“Eu e toda a equipe da Apae queremos agradecer publicamente esse apoio da Anglo American pois, se não fosse ela [a mineradora] nós não estaríamos nessa boa condição que estamos hoje, para podermos desenvolver nosso trabalho de forma condizente, com ambientes mais agradáveis, limpinhos e confortáveis. Essa parceria só foi possível porque a Anglo American acreditou na seriedade da Apae de Niquelândia”, comentou Porfira, sempre ladeada pela secretária-geral da entidade, Janeide Clayr.

Para tanto, Porfira e Janeide detalharam que foi necessário atender rigorosos critérios exigidos pelo “Edital de Projetos Sociais da Anglo American 2020”, que destinou um total de R$ 600 mil ao desenvolvimento de projetos e/ou apoio de instituições nos municípios de Barro Alto e de Niquelândia, onde a multinacional possui operações de sua Unidade de Negócio Níquel em Goiás.

Nesse sentido, a entidade apresentou o projeto “Apae – Amparando e Protegendo a Pessoa com Deficiência, que foi inserido na plataforma “Prosas – Entre na Conversa” da mineradora.

No documento, Porfira detalhou que a Apae possui 29 anos de atuação em Niquelândia; e que o momento vigente da pandemia era o mais adequado à reforma da sede pois, ao final do período de isolamento social, as pessoas portadoras de deficiência em Niquelândia encontrariam um espaço mais adequado e equipado no retorno às atividades presenciais.

Hoje, a Apae está atuando 100% com aulas e reuniões remotas junto ao alunado; e nas solicitações/prestações de contas que faz à Secretaria Municipal de Educação de Niquelândia; e à Federação das Apaes do Estado de Goiás (Feapaes-GO).

Ela também destacou que, na última década, o município enfrentou sérios problemas financeiros com o fechamento de várias empresas.

Com o impacto na arrecadação dos setores público e privado de um modo geral, as receitas da Apae Niquelândia também diminuíram significativamente impossibilitando assim que a reforma da sede fosse feita com recursos próprios.

A crise adicional provocada pela proliferação da Covid-19 implicou, também, na redução de doações de um modo geral, até mesmo pela impossibilidade de realizar eventos beneficentes que provocam aglomeração de pessoas.

Dessa feita, a oportunidade surgida de buscar tal apoio da mineradora surgiu como algo promissor em meio às incertezas do momento atual. De acordo com Porfira, como a Anglo American já beneficiou a Apae com recursos em outras épocas, acompanhar os editais da multinacional se tornou prática comum na entidade que comanda.

“Além do projeto em si, apresentamos todas as nossas certidões negativas, bem como anexamos também a aprovação de nossas prestações de contas dos anos anteriores em que obtivemos ajuda da Anglo. Eles analisaram a documentação; constataram que tudo estava correto; e, posteriormente, liberaram o recurso à conta da Apae. Todo o processo levou cerca de três meses. Deu tudo certo, graças a Deus”, comentou Porfira.

Ainda de acordo com a presidente da Apae em Niquelândia, as dependências da entidade passaram por melhorias pontuais nos últimos anos – com adequações em um espaço ou outro e pintura parcial – para sanar necessidades mais urgentes.

“Agora pudemos fazer uma reforma do início ao fim, o que não ocorria há mais de 10 anos. E não foi só isso: conseguimos também comprar móveis novos como mesas e cadeiras; utensílios de cozinha; tanquinho; e ventiladores, por exemplo. Também colocamos algumas grades de proteção em várias salas e janelas”, detalhou Porfira.

COMÉRCIO TAMBÉM APOIOU – No projeto original da reforma encaminhado para a mineradora a Apae não havia contemplado a necessidade de colocação de forro de PVC na recepção; na secretaria; e no depósito da sede, serviço esse orçado em R$ 2.150,00.

Para tanto, graças a um amigo em comum, Porfira pediu apoio ao presidente da Associação Comercial e Industrial de Niquelândia (Acin), Ronaldo Fernandes da Silva, que lançou o desafio aos seus associados num grupo de WhatsApp da entidade.

Foram arrecadados R$ 1.250,00 e a Apae completou os R$ 950,00 restantes com recursos obtidos junto ao Poder Judiciário por meio das transações penais propostas pelo juiz Hugo de Souza Silva ao encerramento de processos pelo cometimento de delitos de menor potencial ofensivo registrados em Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCOs).

GALERIA DE FOTOS (30) –  REFORMA DA SEDE DA APAE DE NIQUELÂNDIA 

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