Polícia Civil adota cautela sobre possível motivação de duplo homicídio ocorrido na madrugada em Niquelândia
Para Ronivaldo Loureiro Barros, delegado do GIH, circunstâncias do crime no Bairro Santa Efigênia exigem apuração mais detalhada: vítimas tinham 14 e 23 anos e foram baleadas na cabeça por dois homens, numa moto
O delegado-titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Niquelândia, Ronivaldo Loureiro Barros, optou pela cautela e pelo comedimento em rápida conversa com o Portal Excelência Notícias, na tarde deste sábado (20), acerca das possíveis motivações do duplo homicídio ocorrido na madrugada de hoje, no Bairro Santa Efigênia.
Na ocasião, a autoridade policial esquivou-se de afirmar que as mortes tenham ocorrido por um ‘acerto de contas’ como fruto de uma suposta rixa entre integrantes de grupos rivais no mundo do crime, hipótese essa levantada por fontes da própria PC na cidade.
“Ainda preciso apurar melhor as circunstâncias do fato para afirmar, se existiu ou não, o envolvimento de facção criminosa. O que se tem é a perda de duas jovens vidas, sendo que a Polícia Civil lamenta bastante e garante o empenho para que os responsáveis sejam identificados e levados à Justiça”, comentou o delegado do GIH.
COMO FOI O CRIME – Por volta de 1h20 da madrugada deste sábado, Paulo Vitor Alves de Souza, um adolescente de apenas 14 anos; e Daniel Severo Xavier, de 23, estavam na porta de acesso a cantina de uma igreja evangélica na Rua Rio de Janeiro, no Santa Efigênia.
De acordo com o relato à Polícia Militar (PM) feito por uma testemunha – que estava junto com os rapazes, no momento do crime – dois homens numa motocicleta chegaram de repente, ordenando que Paulo Vitor e Daniel deitassem no chão.
Na sequência, o condutor e o garupa da moto dispararam vários tiros contra as vítimas, principalmente na região da cabeça.
Eles morreram no local, sem qualquer possibilidade de socorro pelos Bombeiros e Samu, cujas equipes chegaram ao local antes mesmo da PM.
Fotos que circularam nos grupos de WhatsApp da cidade – imagens fortes, impossíveis de serem publicadas – mostram que uma das vítimas tentou, sem sucesso, proteger-se da barbárie que sofreu.
Apesar da rapidez com que o crime foi praticado, a testemunha conseguiu informar aos militares a descrição física e as roupas que os assassinos usavam.
A Polícia Técnico-Científica esteve no local para os levantamentos de praxe, para que o GIH consiga elucidar o crime com a maior brevidade possível.
Findado o trabalho da perícia, os corpos foram recolhidos ao Instituto Médico Legal (IML) de Uruaçu – que apontará o número exato de disparos que alvejaram os dois rapazes – para posterior sepultamento.