Vida útil da mina de ouro em Mara Rosa será de 10 anos, aponta estudo da Amarillo Gold
Sem barragem de rejeitos, projeto da mineradora canadense garante mais segurança e menor consumo de água nova à estimativa de produzir 102 mil onças de ouro nos quatro primeiros anos de operação
Estudo de viabilidade econômica do Projeto Mara Rosa/Mina de Posse – divulgado na última semana pela Amarillo Gold Mineração do Brasil – concluiu que o empreendimento produzirá anualmente, em média, cerca de 84 mil onças de minério de ouro durante os 10 anos de vida útil da planta a ser construída na cidade do Norte do Estado.
Esse tempo poderá ser prolongado, inclusive, com avanço das pesquisas na área. De acordo com a mineradora, serão extraídas em Mara Rosa 102 mil onças nos primeiros quatro anos da operação, com teor de 1,1 grama por tonelada (g/t).
QUANTO VALE UM GRAMA DE OURO? – Cada onça equivale a 28,35 gramas de ouro. Nesta terça-feira (9) – conforme rápida apuração do Portal Excelência Notícias, uma onça de ouro estava cotada em 1.724 dólares no mercado internacional.
Com a cotação do dólar em R$ 4,90 hoje, uma onça de ouro tem valor estimado em R$ 8.447,60. Dividindo esse valor por 28,35 (uma onça de ouro), apuramos que um grama desse minério, hoje, vale cerca de R$ 298,00.
Porém, vale salientar que o estudo da Amarillo Gold foi realizado em data anterior, quando o preço do ouro era cotado em US$ 1.400,00/onça.
Na ocasião – antes da cotação da moeda oscilar à patamares mais elevados em função da pandemia do novo corona vírus – a taxa média de câmbio do dólar estava em R$ 4,20.
Considerando as atuais taxas do mercado, percebe-se claramente que o custo de produção do Projeto Mara Rosa – antes estimado em 706 dólares por onça – agora está cotado em 631 dólares por onça.
O PROJETO MARA ROSA, EM NÚMEROS – a reserva total da Mina de Posse possui 902 mil onças contidas; e outras 811 mil onças recuperadas, baseadas em 24 milhões de toneladas de minério de ouro a céu aberto (com classificação de 1,18 g/t, e recurso de 1,2 milhão de onças de ouro contidas, em 32 milhões de toneladas, com classificação de 1,1 g/t).
De acordo com Mike Mutchler, CEO da Amarillo Gold, o programa de exploração regional recentemente concluído mostrou o potencial para expandir os recursos de Mara Rosa em um trend de 10 quilômetros em Posse Norte.
“Estamos muito felizes por completar este importante marco do projeto Mina de Posse, esperamos receber a LI no terceiro trimestre de 2020 e completar o planejamento de fundos, iniciando o pre-strippping (a pré-remoção) da mina em abril de 2021”, afirmou o CEO da multinacional de origem canadense.
Conforme também explanou Mike Mutchler, o retorno (payback, após impostos) está previsto para acontecer em 2 anos e meio, devendo diminuir para 1 ano e meio usando as taxas atuais do mercado.
O custo de capital inicial – de US$ 145 milhões, segundo a empresa – cairá para US$ 125 milhões com Taxa Interna de Retorno (TIR) oscilando de 25% a 50%.
TECNOLOGIA PARA O TRATAMENTO DE REJEITOS – O Projeto Mara Rosa da Amarilo Gold não terá barragem de rejeitos, conferindo mais segurança e compromisso com o meio ambiente.
Com tecnologia dry stacking – de empilhamento a seco – fará uso racional de água nova durante o processo de beneficiamento do minério de outro, sempre em atendimento aos melhores padrões internacionais.
SITUAÇÃO ATUAL – Principal ativo da Amarillo Gold, o Projeto Mara Rosa recebeu a Licença Preliminar (LP) para o projeto, conforme divulgado semana passada pelo Portal Excelência Notícias.
Segundo a mineradora, a empresa está cumprindo os trâmites finais à obtenção da Licença de Instalação (LI), com a expectativa de que a construção da unidade possa ser iniciada ainda no terceiro trimestre desse ano. [Com informações da Assessoria de Imprensa da Amarillo Gold em São Paulo/SP]