Corpo de Luciano Fiúza Filho é sepultado sob grande comoção em Goianésia
Jovem empresário foi velado na madrugada desta segunda (3) no plenário da Câmara Municipal de Goianésia: ele morreu aos 32 anos às 4h do domingo (2) em São Paulo (SP), onde estava internado desde outubro do ano passado, vítima de leucemia: perda irreparável
O corpo do jovem empresário Luciano Fiúza da Silva Filho, de apenas 32 anos, foi sepultado às 13h40 desta segunda-feira/3 no Cemitério Municipal Jordelino José da Silva, no Bairro São Caetano em Goianésia.
Luciano Filho, como era conhecido, morreu às 4 horas da madrugada do domingo (2) no Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer (IBCC) no bairro da Moóca, em São Paulo/SP.
Ele estava internado na instituição – referência para tratamentos oncológicos em todo o País – desde outubro do ano passado.
Na capital paulista, Luciano Filho submetia-se a um severo tratamento das complicações clínicas decorrentes de um quadro de leucemia.
O diagnóstico do câncer em suas células sanguíneas havia sido descoberto há quase dois anos.
Luciano Filho passou por um transplante de medula óssea doada por sua irmã no ano passado, mas o procedimento médico não apresentou o resultado esperado pela equipe de profissionais que o atenderam durante sua convalescença.
VELÓRIO – O caixão com o corpo de Luciano Filho chegou às 2 horas desta madrugada na Camara Municipal de Goianésia para as últimas homenagens de familiares e amigos.Entre 10h e 11h30, durante a celebração de Corpo Presente, o padre Gilson Jardene Guimarães Barreto – que já atuou em Niquelândia – emocionou-se em vários momentos ao lembrar-se da luta de Luciano Filho pela vida.
O religioso, que era amigo particular do jovem empresário, disse que Luciano Filho se mostrava “preparado” espiritualmente para o derradeiro momento de sua vida. “Ele me pediu que eu celebrasse essa missa, caso ele não resistisse à doença”, recordou padre Gilson.
CONSTERNAÇÃO – A morte prematura de Luciano Filho deixou a população de Niquelândia bastante consternada, assim que a notícia se espalhou nas redes sociais da cidade do Norte do Estado.
Tanto isso é verdade que, no exato momento em que o padre Gilson Jardene perguntou quem era morador de Niquelândia durante as Exéquias, grande parte dos presentes no plenário do Legislativo de Goianésia levantou as mãos, em sinal de respeito ao empresário falecido.
Luciano Filho, antes de adoecer, era conhecido em Goianésia e em Niquelândia por seu dinamismo como empreendedor nato nos negócios da família, onde atuava como diretor-administrativo do Grupo Fiúza, fundado por seu pai Luciano Fiúza da Silva,
Sediada em Goianésia, a empresa manteve filial em Niquelândia durante vários anos, época em que prestou serviços às mineradoras instaladas no município.
Luciano Filho, por seu turno, também ficou conhecido como um grande incentivador do esporte na região.
Luciano Filho gozava de enorme prestígio entre os futebolistas de Goianésia: o jovem chegou a ocupar o cargo de vice-presidente do Goianésia Esporte Clube, o “Azulão do Vale”, há alguns anos.
Em Niquelândia, Luciano Filho também sempre teve forte atuação no esporte – como apoiador e também como jogador – tendo ido a campo por vários anos disputar partidas de futebol do tradicional Torneio do Trabalhador, no Estádio Ary Valadão, na Vila Mutirão.Na política, Luciano Filho sempre foi tido como uma jovem promessa do cenário eleitoral niquelandense; e quase disputou uma cadeira na Câmara Municipal de Niquelândia há alguns anos, dada sua tradição e preocupação com diversas causas sociais; e também pela convivência com sua tia e então prefeita de Colinas do Sul entre 2004 e 2008, Cristina Fiúza Adorno.
Mas, infelizmente, a doença acabou sendo mais forte que ele. Luciano Filho era casado e deixa esposa, Virgínia; e dois filhos, um menino de 4 anos; e uma menina, de apenas 2 anos.
Nos últimos tempos, Luciano Fiúza e sua esposa Maria Francisca Fiúza, revezavam-se a cada 15 dias nos cuidados com o filho do casal, em São Paulo, juntamente com a nora.
Segundo o taxista Luiz Taveira de Moura – o Luiz Pedrão, de Niquelândia.- estava tudo programado para que seu sobrinho fosse submetido a um novo transplante de medula óssea.
Porém, de acordo com o tio, o jovem entrou em estado crítico de saúde nas últimas duas semanas: uma espécie de bactéria muito forte chegou ao organismo ja fragilizado de Luciano através do cateter que era utilizado em seu pescoço para a administração dos medicamentos contra a doença.
“Essa infecção se espalhou pelos demais órgãos e ele, infelizmente, acabou falecendo”, detalhou o taxista.
No início da tarde do domingo (2), o Grupo Fiúza divulgou um comunicado oficial sobre o falecimento do jovem empresário, a saber:
NOTA DE PESAR
É com extremo pesar que o GRUPO FIÚZA noticia a morte de Luciano Fiúza da Silva Filho, nosso diretor-administrativo, grande empreendedor, gestor e ser humano que todos inspirou com suas provações diárias de força e fé.
Neste momento, a família GRUPO FIÚZA está em luto pela perda de um grande amigo e administrador, que a todos liderava de forma cativante; e cuja presença e ensinamentos serão lembrados saudosamente.
Externamos nossos sentimentos a todos os familiares e informamos que no dia 3 de junho de 2019 não haverá expediente administrativo no escritório central do GRUPO FIÚZA.
Por oportuno, informamos também que as atividades operacionais em algumas frentes de serviço também serão paralisadas.
O velório será realizado na Câmara Municipal de Goianésia, com previsão de início às 23 horas do dia 02/06/2019.
Goianésia-GO, 02 de junho de 2019
GRUPO FIÚZA