Polícia Militar prende traficantes com R$ 6,7 mil em dinheiro falso na madrugada
Paulo Ricardo dos Santos, de 19 anos; e Welington Gonçalves, de 25, tentaram comprar cerveja e cigarros com uma nota "fria" de R$ 100 numa lanchonete do Jardim Atlântico. Atendente desconfiou e a dupla fugiu, mas a PM já havia recebido informação de que a dupla vendia drogas no final da noite da sexta-feira/15
A Delegacia da Polícia Civil de Niquelândia atuou em flagrante, na madrugada deste sábado (16), dois indivíduos pelos crimes de falsificação de dinheiro e tráfico de drogas. Paulo Ricardo dos Santos, de 19 anos; e Welington Gonçalves, de 25 anos – que moram no próprio município – foram recolhidos à cadeia da cidade do Norte do Estado por determinação do delegado-plantonista Rafhael Neris Barboza, lotado em Uruaçu.
Com eles, a Polícia Militar (PM) da cidade do Norte do Estado encontrou R$ 6.700,00 em notas falsas de R$ 100,00 (67 cédulas “frias”, no total); duas grandes porções de entorpecentes (uma de maconha e outra de cocaína); embalagens plásticas para o embalo e posterior comercialização das substâncias alucinógenas; e R$ 521,00 em dinheiro (verdadeiro, no caso).
De acordo com o Registro de Atendimento Integrado (RAI) feito pela PM, a “casa caiu” para Paulo Ricardo e Welington no final da noite da sexta-feira (15) quando as equipes em serviço foram informadas via rádio que de que ocupantes de um Fiat Palio, de cor prata, estavam circulando pelas ruas de Niquelândia para vender drogas.
Numa lanchonete do Jardim Atlântico, um deles desceu do carro para comprar duas cervejas e um maço de cigarros. O pagamento foi efetuado com uma nota de R$ 100,00.
Porém, o atendente do comércio desconfiou da autenticidade da cédula; e a submeteu a um equipamento conhecido como “testa-nota” que avalia aspectos técnicos do dinheiro que, originalmente, é produzido pela Casa da Moeda do Brasil, no Rio de Janeiro.
Diante da constatação que a nota era falsa, pelo balconista da lanchonete, um dos rapazes disse que iria até o carro pegar outra nota. Porém, fugiram em alta velocidade no Palio em que se encontravam.
A PM, então, saiu à procura do veículo e encontrou os dois indivíduos nas proximidades de uma farmácia na Avenida Brasil, próxima dos fundos do Colégio Estadual Paulo Francisco da Silva.
Na revista ao carro, a PM então localizou as 67 notas falsas de R$ 100,00; as porções de maconha e cocaína; e o dinheiro real, proveniente do comércio das drogas que eram vendidas por Paulo Ricardo e Welington.
Um deles, no entanto, tentou fugir mas foi recapturado a uma quadra de distância, dentro de uma residência. De acordo com o escrivão-plantonista Jonier Almeida – que estava em serviço nesta madrugada no DP de Niquelândia – as cédulas falsas apreendidas pela PM na cidade são de “qualidade mediana”.
Ou seja, uma pessoa mais desatenta – o que não foi o caso do balconista da lanchonete do Jardim Atlântico – teria aceitado a nota falsa e dado o troco aos falsificadores. Um dos rapazes, inclusive, teria dito ao policial civil que o dinheiro falso foi conseguido aqui mesmo em Niquelândia, de uma terceira pessoa cujo nome ainda será investigado pela PC local.
CONEXÃO ENTRE OS CRIMES – “Eu já havia percebido, entre outras investigações, como os crimes estão se correlacionando entre si, englobando mais artigos do Código Penal. No mesmo contexto dessa ocorrência em Niquelândia, temos a mercancia de entorpecentes e o uso de notas falsas. Porém, é importante dizer que normalmente não há a fabricação desse dinheiro falso aqui no interior, a exemplo da produção e refino de drogas. Tudo isso normalmente é feito nas capitais, como Goiânia e Brasília; e cidades de porte médio, como Anápolis. Eles (os criminosos) tentam escoar esse ‘dinheiro’ nas cidades menores. Na visão das quadrilhas, ninguém perceberia esse tipo de fraude, em nossa região. Porém, dessa vez eles esbarraram na Polícia Militar que, tanto em Niquelândia como em Uruaçu, estão trabalhando fortemente no combate à criminalidade”, comentou o delegado Rafhael Neris.