Carnaniq 2019, a festa indescritível!
Prefeitura de Niquelândia, através da Secretaria Municipal de Turismo, resgatou festejo após nove anos com aval do prefeito Fernando Carneiro (PSD) e coordenação-geral da titular da pasta do Turismo, Roneide Pereira: Banda Ciclone comandou repertório variado, que animou todas as gerações e São Pedro acabou sendo também bastante gentil, ao suspender a chuva nos quatro dias de festa na Avenida Brasil. Evento terminou na madrugada desta quarta-feira (6) com saldo positivo, segundo o Poder Executivo
Marcado por muita chuva em todo o Brasil – “São as Águas de Março, Fechando o Verão”, como diz a letra composta em 1972 pelo saudoso Tom Jobim – o feriadão de Carnaval em Niquelândia, no Norte do Estado, foi o mais alegre dos últimos nove anos. E isso não é uma afirmação tola de um jornalista-folião, que vos escreve. É pura constatação.
Primeiro, pela Banda Ciclone, bastante querida pelos foliões da cidade, que animou as quatro noites de festa entre o sábado (2) e a madrugada desta quarta-feira (6).
Desde marchinhas da das décadas de 50 e 60; baladas de rock dos anos 70, 80 e 90; hits dos anos 2000 e 2010; e a música-chiclete do momento – aquela da Jeniffer, que o cantor Gabriel Diniz conheceu no Tinder – nada passou batido do repertório da experiente banda.Atenciosos, tiraram fotos com todo mundo que os procurou ao final do show, no camarim. Estavam, verdadeiramente, sintonizados com a vibe do resgate da festa.
Márcio Rocha – da Rádio Mantiqueira 92,3 FM, que possui estreita relação de amizade com os músicos – comandou breve momento de interação com a galera, saudando os blocos. Ele e a vocalista da Banda Ciclone derreteram-se em elogios, um ao outro.Segundo, pela disposição do prefeito Fernando Carneiro (PSD) em realizar a festa com apoio do vice-prefeito Saullo Adorno (PTB); de sua equipe de secretários municipais, personificada na incansável Roneide Pereira, titular da pasta do Turismo, que recebeu amplo apoio da Superintendência de Comunicação (Supercom).
Os cofres públicos, que sangravam há pelo menos uma década pelo desmando de gestões fraudulentas, agora pagam salários do funcionalismo em dia.E os professores, depois de longa batalha de reuniões acaloradas, começaram a receber vencimentos não-quitados por prefeitos-antecessores ao médico que se dispôs a salvar as contas públicas da cidade.
Ainda que tenha muita coisa para melhorar na esfera administrativa, o município tinha verdadeiramente o que festejar.E terceiro, pela boa vontade de São Pedro – ou “Pedroca”, para os mais chegados – de resolver dar faxina no Céu horas antes que o Carnaniq começasse, para que todo mundo pudesse se divertir no asfalto molhado da Avenida Brasil, mas com muito calor humano e alegria de viver.
O resgate da folia de Momo na cidade – o último carnaval oficialmente realizado pela Prefeitura de Niquelândia havia ocorrido em 2010 – foi uma mistura de sentimentos bons.À parte de questões de cunho ideológico e político, todas as correntes da sociedade local estavam se divertindo – ‘bebemorando’, por assim dizer: a amizade prevaleceu.
Animado, o histórico bloco “Os Josephinos” – dada a devoção dos paroquianos da Igreja Matriz de São José – resgatou a presença de niquelandenses que hoje moram em localidades como Goiânia ou Brasília, mas que jamais perderam o amor pela terra natal.E blocos novos também surgiram – exemplo disso é o “Clica Que É Babado”, criado a partir de um popular grupo de WhatsApp do mesmo nome existente em Niquelândia, que contou com apoio formal do Portal Excelência Notícias, dentre outros parceiros.
Ricos e pobres, cada um de seu jeito, se misturaram com um único objetivo: ser feliz, porque a vida “normal” recomeça hoje, nas Cinzas, que marca o início da Quaresma.Nas barracas de comes e bebes, nem mesmo os cabelos brancos de algumas personalidades tradicionais da cidade deixavam a festa menos colorida. Na “Barraca da Maçonaria”, o clima era de pura nostalgia com a volta do Carnaval em Niquelândia.
Se já não tínhamos mais o espaço da saudosa Praça Luiz Taveira, a atual Praça do Tucunaré Azul – obra sempre muito contestada – também serviu como importante ornamento ao Carnaniq 2019.E a imensa barraca do Pingo Lanches estava lá, aberta e iluminada à noite pela primeira vez, desde que foi reaberta com a estrutura atual.
Também não faltou Segurança Pública, porque a Secretaria Municipal de Turismo empenhou-se em trazer aparato suficiente das polícias Civil e Militar; do Corpo de Bombeiros; e de segurança particular especializada em grande concentração de pessoas.Em resumo, em linhas gerais: Niquelândia fez o possível e o impossível para fazer o Carnaval ser possível, provando que uma boa festa pode ser feita sem gastar muito. Em tempo de vacas magras, sola de sapato e gingado no pé é mais do que o suficiente.