Projeto de pesca esportiva e multiuso transforma região

Com planejamento e ações voltadas ao fomento de atividades que integram o desenvolvimento socioeconômico sustentável e à proteção ambiental, a Anepe – Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva – e o Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -, formaram uma parceria em 2016, em Niquelândia (GO), que visa a conservação ambiental da Serra da Mesa: Projeto de Monitoramento de Peixes no reservatório da Usina Hidrelétrica.

O modelo, em breve também será divulgado, no Jornal do Campo da TV Anhanguera. O jornalista e apresentador Márcio Venício, e equipe, estiveram em Niquelândia acompanhando todo o processo e conversando com os agentes participativos e a comunidade local. O sucesso do projeto na preservação ambiental e na geração de economia, tem resultado em mais parcerias e integração regional, nesse processo de desenvolvimento, que estuda o dinamismo dos peixes do reservatório.

Com o propósito de amparar, fomentar e estimular o desenvolvimento amplo dos municípios banhados pelo lago, O Cidisem – Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Serra da Mesa, sob a gestão do prefeito de Colinas do Sul, Adriano Passos, passou a integrar essa parceria. Durante a entrevista à emissora, o Cidisem foi representado pelo secretário executivo, Lucas Souza Morais, que também é coordenador de Desenvolvimento Econômico do Pacto de Cooperação de Niquelândia.

Lucas falou sobre a importância do fortalecimento da economia local e da implantação de projetos que possam tornar a região autossustentável. “Nós estamos colaborando na questão da articulação e integração com a comunidade lindeira na área de influência Serra da Mesa, reintegrando a pesca esportiva com visão estratégica para que possamos formatar o calendário local (de pesca esportiva), o turismo e a aquicultura”, concluiu Lucas.

O analista ambiental do Ibama e coordenador do projeto de monitoramento de peixes do Lago Serra Mesa, Ary Soares, explicou como é feito o procedimento de tagueamento, em parceria com a Anepe, que cedeu os equipamentos.

“São inseridas etiquetas (um fio bastante fino similar ao que é utilizado na rede elétrica) nos peixes para que eles possam ser identificados com um número e o endereço da instituição que está contribuindo com o projeto. Inclusive, identificamos que peixes de uma mesma espécie, e com a mesma idade, tinham uma diferença de tamanho. Com isso, temos um retrato melhor da situação ambiental do lago, para conseguir preservá-las”, pontuou.

Eles ainda mostraram a equipe, o frigorífico que abate diariamente nove mil toneladas de peixe por dia. Lucas e Ary, também foram responsáveis por articular em abril, uma visita técnica à Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa em Minaçu. Na pauta, a reivindicação junto à empresa energética por mais estabilidade no nível do reservatório da usina.