Celino Correa confirma apoio de quatro vereadores na eleição suplementar à prefeitura
Candidato do Partido Solidariedade tem respaldo de Nei Rosa (SD), Dr. Jonas (PC do B), Professora Edna (PC do B) e Agnaldo Dantas (PDT). Um quinto vereador, Jesus Ferreira França (PRB), é o candidato a vice-prefeito na chapa
Candidato a prefeito de Niquelândia pelo Partido Solidariedade (SD) nas eleições suplementares marcadas para o próximo dia 3 de junho, o ex-vice-prefeito Celino Correa está correndo contra o tempo para angariar apoios à sua tentativa de governar o município do Norte do Estado em mandato-tampão por dois anos e meio, até dezembro de 2020.
No final da manhã de domingo (13), Celino recebeu a reportagem do Portal Excelência Notícias em sua casa no Bairro Boa Vista, onde havia grande movimentação de lideranças políticas que se revezavam em conversas com o próprio candidato e também com seu companheiro ao cargo de vice-prefeito na chapa, o vereador em segundo mandato Jesus Ferreira França (PRB).
Aliás, vereador é o que não falta na base de apoio a Celino Correa. Um dos parlamentares mais populares de Niquelândia, Jesus recebeu 555 votos em 2012 (pelo prestígio que alcançou quando era chefe de gabinete da prefeitura local) e foi reeleito com a confiança de 631 eleitores em 2016 (quando se destacou na oposição ao então prefeito Luiz Teixeira/PSD).
Por isso, no instante final da noite da quinta-feira (11), Jesus desbancou o também vereador Nei Rosa (SD). Eleito em 2016 com retumbantes 685 votos, trata-se de importante liderança do Povoado Faz Tudo, onde Celino Correa também possui base eleitoral sólida, assim como no Povoado Quebra Linha.
Nei Rosa, como se sabe, é filho do ex-prefeito por seis meses em mandato-tampão em 2004, João Rosa. Perdeu a vaga de vice na chapa, mas segue apoiando Celino Correa, que recebeu apoio formal de outros três vereadores, a saber:
O advogado Jonas Batista Barbosa (PC do B) – popularmente conhecido como Dr. Jonas – eleito para seu primeiro mandato em 2016 com 477 votos; a professora Edna Cardoso, também do PC do B, que conquistou o cargo de vereadora também na eleição passada, com 410 votos; e o suplente de vereador Agnaldo Soares Dantas (PDT), o popular Agnaldo da Choperia, que recebeu 251 votos também no pleito de 2016.
Agnaldo está exercendo o mandato de vereador na Câmara Municipal de Niquelândia ocupando a vaga do prefeito interino Léo Ferreira (PSB), que precisou afastar-se da presidência do Poder Legislativo para responder pelo Poder Executivo até a conclusão das novas eleições, conforme prevê o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Portanto, agora são quatro vereadores apoiando o candidato a prefeito pelo SD.
E uma simples conta matemática explica a importância dos apoios desses vereadores à campanha de Celino Correa. A soma dos votos conseguidos em 2016 pelos cinco vereadores que apoiam Celino (incluindo os obtidos por Jesus, agora candidato a vice-prefeito) representam o apoio de exatos 2.454 eleitores da cidade.
Celino Correa está ciente de que não conseguirá transferir 100% desses votos à sua candidatura de prefeito, mas entende que poderá conquistar boa parte desse número a partir do apoio formal de Edna; de Nei Rosa; de Agnaldo da Choperia; e de Dr. Jonas em sua postulação de reorganizar as contas públicas da cidade; garantir o pagamento em dia dos salários do funcionalismo público; e encerrar a atual greve dos professores da rede municipal de ensino, dentre outras iniciativas.
“São apoios de suma importância. No meu entendimento e do meu candidato a vice, o Jesus, nossa campanha começou a ficar mais encorpada e mais forte nesse momento, com a certeza de que vamos chegar com força para a disputa, no dia 3. Ainda estamos buscando outros adeptos, caso de ex-vereadores que não foram reeleitos na campanha passada. E eu estou confiante sim na vitória pois, com o reforço desses quatro vereadores, nós (a coligação SD-PRB) estamos empatados em número de parlamentares com o candidato (Dr. Fernando Carneiro/PSD) apoiado pelo ex-prefeito Luiz Teixeira. Não tenho apoio de ex-prefeito e nem de prefeito justamente porque quis consolidar minha candidatura como a candidatura da mudança e da renovação, que é necessária. A alternância de poder será ótima para uma cidade como Niquelândia, que passa por sérios problemas financeiros”, comentou o candidato a prefeito.
Ainda de acordo com Celino Correa, sua recente cassação do cargo de vice-prefeito (já que foi afetado pelo indeferimento do pedido de registro da chapa que tinha Valdeto como majoritário) não representa grande empecilho neste momento para pleitear a Prefeitura de Niquelândia. Segundo ele, o eleitorado da cidade é bastante politizado e saberá separar sua postura política da imagem do ex-prefeito, pelas ações que ele diz ter empreendido quando estava na vice-prefeitura.
Sobre as críticas que recebeu após a longa entrevista exclusiva ao Portal Excelência Notícias – dois dias após deixar o cargo de vice-prefeito, por não ter rompido com Valdeto ainda durante a permanência de ambos nos respectivos cargos – Celino Correa reafirmou que o quadro de instabilidade política já era suficientemente grande; e que a crise no Poder Executivo tenderia a ficar ainda maior se ele tivesse optado por tornar pública seu descontentamento político-administrativo e até mesmo de ordem pessoal com Valdeto.